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Casais opostos que dão (e muito!) certo

A relação dura quando o gato é bem mais novo? E se você ganha um supersalário e ele ainda não decolou na carreira? Para descobrir as respostas, leia a inspiradora história do casal Alice e Fernando, confira o grau de dificuldade de oito (des)combinações de amor e anote sugestões certeiras para fazer até o mais desacreditado dos romances vingar.

Edição Giovana Lombardi / Texto Livia Valim / Foto Tamara Schlesinger

O velho ditado "o amor não tem idade" cabe perfeitamente na vida dos empresários Alice Ferraz, 38 anos, e Fernando Levy Bicudo, 26. Os dois se conheceram há dois anos e meio em um evento que Alice produzia. Fernando, na época modelo e convidado da festa, se apaixonou à primeira vista pela linda morena de vestido vermelho. Ela mal se deu conta da presença do moço, porque não passava pela sua cabeça se envolver com um homem 12 anos mais novo. Mas Fernando não parou de pensar em Alice. Conseguiu seu telefone e inventou que precisava de ajuda para comprar um terno. Por trabalhar no ramo da moda, ela achou tudo muito natural e topou encontrá-lo em um shopping. "Não percebi que ele tinha segundas intenções. Era apenas um encontro profissional às 5 da tarde de um sábado", conta Alice. Fernando, por outro lado, tinha certeza do que queria. "Deixei uns amigos em um bar antes de ir para o shopping e falei para eles: ‘Vou encontrar agora a mulher com quem vou me casar’."

Ao notar que estava sendo cantada, Alice fez um discurso no estilo "Quem você pensa que eu sou?", mas depois aceitou ir ao cinema com Fernando. "Só pegamos na mão um do outro. Parecia que éramos duas crianças", derrete-se. Apesar de ter gostado da experiência, Alice ainda não acreditava que aquilo pudesse ir adiante e deu uma canseira em Fernando. "Ela quis me mostrar que não estava para brincadeira", conta o rapaz. Depois de duas semanas de insistentes telefonemas, aceitou um novo encontro. Ao buscá-la em casa, Fernando conheceu o filho de 12 anos da pretendente. O que poderia pôr medo em qualquer Romeu foi incentivo para que a sua Julieta deixasse as coisas rolarem. "O Gabriel falou: ‘Mãe, você sabe que ele é mais novo, né? Você sabe que as pessoas vão falar. Mas eu não ligo’. O mais curioso é que Fernando e Gabriel estavam usando o mesmo tênis!" Naquela noite, em uma boate, o namoro começou. Desde então, Alice e Fernando não se desgrudam. Há um ano e meio, oficializaram a união em uma cerimônia discreta.

Dificuldades? Tiveram no início, e sempre por preconceito. Os amigos e familiares dela não acreditavam no sucesso da relação. Os dele não botavam fé que as intenções do jovem fossem sérias. Prova de que todos estavam enganados é que eles continuam juntos e mais cúmplices do que no início. "Tudo funciona entre a gente. Acordamos de bom humor e falantes, adoramos cinema, viajar e ler. Aprendi com ele a não julgar pelas aparências", conta Alice. Afinal, se ela tivesse seguido sua primeira reação, não teria dado chance à sua "alma gêmea", como ela o considera. Até nas diferenças, ambos juram que se completam. "Ela me anima, me põe pra cima e eu a acalmo um pouco", diz Fernando. No próximo ano, devem encomendar um filho, ou melhor, uma filha, como Fernando enfatiza. E nem a idade deve atrapalhar. "Hoje, com o avanço da medicina, não preciso ter muita pressa", diz Alice.

Se assim como Alice você se apaixonou por um homem que é o seu oposto em algum aspecto, está na hora de saber o que o próximo capítulo dessa novela reserva ao seu coração. Pode ser que seja fácil lidar com as diferenças que os separam — ou muito difícil. Mas a gente vai torcer para que a sua história tenha um final feliz como a desse lindo casal. Preparada para o veredito?